De 31 de Julho a 16 de Setembro
Frank Capa afirmava, peremptório, que só se obtém uma fotografia suficientemente razoável se se estiver suficientemente perto ou se tirarem as suficientes. Compreeendo-o bem, já que, em apenas um mês de viagem entre Nong Khai, na Tailândia, o norte do Laos e Hoi An, no Vietname, captei o que via em mais de seis mil imagens. Tudo é imenso, uma sucessão infinita de verde. E imensa se torna também a vontade de fotografar: os rostos, os sorrisos e até mesmo as motas ou os vendedores na estrada.
No guia leio que estou em países pobres e tal facto é por demais evidente na rotina diária a que assisto, enquanto estrangeira e estranha a este modo de viver. No entanto, sinto-me em casa, amparada pelos sorrisos espontâneos de respeito por quem chega.
De tudo o que já visitei, os campos onde já corri, as cidades que respirei, de toda a literatura de viagem que já li e tudo o que já vi através dos olhos dos outros, posso agora afirmar que esta parte do mundo é incomparavelmente bela e intemporal. Aqui, o que o homem dividiu a Natureza jamais separou. E estes países nos quais me movo são extensões deles próprios, prolongamentos ternos da própria natureza humana.
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